Desafios chave em matéria de água

O aumento estimado da população residente e uma economia em crescimento dependem de origens de água distantes e com desafios climáticos crescentes (por exemplo, secas e inundações). Esta procura tem de ser equilibrada com a necessidade de aumentar as áreas verdes urbanas para garantir a qualidade de vida dos cidadãos e a sustentabilidade da vida urbana.

Oportunidades chave em termos de água

• O Prémio Lisboa Capital Verde Europeia 2020 catalisou a vontade política e os investimentos para melhorar a inteligência da cidade no uso da água enquanto potenciador do aumento sustentável das áreas verdes;
• A legislação/regulamentação nacional e comunitária mais recente ou em vias de publicação apela a diretrizes/ferramentas sólidas para a gestão do risco na reutilização de água;
• O Programa Renda Acessível de Lisboa e o património habitacional municipal é uma oportunidade para liderar pelo exemplo na sustentabilidade ambiental dos edifícios;
• Os planos nacionais para a economia circular e a neutralidade carbónica exigem respostas urbanas ambiciosas.

Foco especial

• Desenvolvimento de ferramentas e processos para facilitar a reutilização segura de água;
• Melhorar a eficiência no uso da água-energia-fósforo para usos municipais não potáveis de água;
• Contribuir para melhorar a adaptação climática (climate readiness) das habitações e dos edifícios no que diz respeito à água e à energia com uma ferramenta de avaliação/certificação desenvolvida localmente, mas com ambição de adoção nacional/europeia.

Estado actual e ambição

Lisboa tem uma estratégia de gestão inteligente para todas as áreas chave da gestão urbana. Distinguida como Capital Verde Europeia 2020, a cidade visa proporcionar elevada qualidade de vida a uma população crescente e a uma economia em crescimento, ao mesmo tempo que enfrenta os desafios das alterações climáticas com base numa infraestrutura verde-azul. Para a eficiência hídrica, Lisboa tem vindo a implementar novas normas nos edifícios municipais, mas não existe qualquer mecanismo de auditoria/certificação.

Ambição até ao fim do projecto:

• Desenvolver algoritmos e software para quantificação de componentes do ciclo urbano da água e avaliação do balanço água-energia-fósforo, avaliação de risco de fontes de água alternativas, ferramenta de apoio à decisão baseada desempenho-custo-risco para gestão sustentável da água-energia-fósforo, ferramentas inteligentes para a gestão da água testadas a nível da cidade e com vários utilizadores (município, agricultura, indústria da cerveja, turismo);
• Desenvolver um protocolo para a produção de água de qualidade alimentar/industrial a partir de águas residuais tratadas demonstradas para a indústria da cerveja artesanal;
• Validar uma classificação de adaptação climática (climate readiness) em habitações e edifícios-piloto e criar o subsequente mecanismo de auditoria/certificação para a Climate Readiness para edifícios municipais (replicável em privados), novos ou renovados;
• Criar confiança na reutilização da água e implementar modelos de governação e, em última análise, ter uma sociedade bem informada, disposta e preparada a utilizar os resultados desenvolvidos no projeto para uma gestão inteligente da água na cidade.

Ambição para além do projecto (replicação/transferibilidade):

• Um inovador observatório do ciclo urbano da água;
• Novos certificados para edifícios, com mecanismos de financiamento associados para a eficiência hídrica e economia circular, que irão impulsionar a criação de novas oportunidades de negócio;
• Ferramentas de avaliação do risco e procedimentos operacionais em vigor, que facilitarão a adoção da reutilização da água por outras cidades da região (já envolvidos no acompanhamento do projeto), apoiando o desenvolvimento e a implementação das políticas portuguesas e europeias e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionadas com o uso da água nas cidades.